O início da IE
O conceito de inteligência emocional (IE) surgiu primeiramente com Charles Darwin, que notou a importância da expressão emocional para a sobrevivência e adaptação das pessoas.
Ao decorrer dos anos, vários teóricos e pesquisadores, como Edward Thorndike, David Wechsler, Abraham Maslow, entre outros, foram se aprofundando mais na teoria e aperfeiçoando o conceito.
Em 1990, Peter Salovey e John D. Mayer publicou um artigo tão incrível e de grande impacto mundial, que a partir daí, realmente começou a tornar-se conhecida e a se falar em inteligência emocional.
Eles definiram a Inteligência Emocional como: “(…) a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber ajustá-la em si próprio e nos outros.”
No seu livro “Inteligência Emocional”, Daniel Goleman (1995) parte de uma pesquisa científica para afirmar que o controle das emoções contribui de forma essencial para o desenvolvimento da inteligência do indivíduo. Essa tese revela que a incapacidade de lidar com as próprias emoções podem dificultar ou até destruir nossas vidas.
O autor ressalta que a crise que a humanidade vive hoje, com aumento da criminalidade, violência e infelicidade é o reflexo de uma cultura que se preocupou apenas com o intelecto, esquecendo o lado emocional das pessoas.
Hoje, a Inteligência Emocional é um grande diferencial e se faz cada vez mais necessária tanto na vida pessoal quanto profissional.
Daniel Goleman, afirma que a inteligência emocional pode ser subdivida em cinco habilidades específicas, mais conhecidos como os pilares da inteligência emocional, são eles:
1. Autoconhecimento
Antes de mais nada, lembre-se de que este pilar é o primeiro passo que vai determinar o rumo para as próximas etapas.
Portanto, busque o autoconhecimento, investigando suas ações e reações, sendo sempre muito sincero consigo mesmo. Só assim será possível avaliar suas habilidades e pontos a serem melhorados.
Tente entender como você reage em cada situação, o que sente e como poderia agir de outra forma, caso perceba ser preciso mudar.
2. Controle/ equilíbrio emocional
Essa é a palavra-chave nesse passo, pois conseguimos encontrar o controle sobre nossas ações se nos conhecermos bem, se pudermos antecipar decisões baseadas em nossas emoções ou seja, também podemos chamar de autogerenciamento.
Dessa forma, você evita as explosões desnecessárias que podem vir a gerar arrependimentos posteriores, isso te ajuda a administrar seus impulsos, cada um deles, para que tenha condições de se adaptar às diversas situações que se apresentam no seu dia a dia.
3. Automotivação
Levantar religiosamente todo dia para trabalhar e não ter motivação para realizar suas tarefas é um daqueles sacrifícios dolorosos, não é mesmo? Afinal, por que dedicar seu tempo a propósitos que aparentemente não têm um objetivo maior e não despertam seu interesse?
A motivação serve como um propósito para a ação, para andar em direção ao objetivo que se pretende alcançar.
Somente com isso bem definido em sua mente é que você adquire forças para superar obstáculos e incertezas, assim você conseguirá manter o foco, o que é essencial para não se dispersar e desanimar quando surgirem as primeiras dificuldades.
Uma vida sem motivação, em que a pessoa se entrega facilmente aos desafios e se deixa levar por uma rotina sem propósito, eventualmente levará à depressão.
Para evitar essa rota cheia de percalços, rumo a lugar nenhum, certifique- se do seu objetivo e construa um caminho positivo até ele.
4. Empatia
Quando você compreende uma pessoa e respeita o seu modo de ver o mundo, você consegue criar sintonia e conexão com ela, isso é empatia. Significa olhar para o outro, ou seja, a capacidade de se colocar no lugar do outro e sentir o que o outro sente.
Essa capacidade de compreensão gera qualidade nos relacionamentos e é fundamental para todo o indivíduo que tem como missão ajudar pessoas e construir um mundo melhor para se viver.
Em suma, estabelecer empatia é uma das mais importantes habilidades que uma pessoa pode ter, pois se trata de compreender a estrutura emocional das outras pessoas.
5. Desenvolver relacionamentos interpessoais (habilidades sociais)
Ninguém vive isolado em uma ilha, por isso precisamos interagir com outras pessoas, muitas vezes completamente diferentes de nós, por isso é crucial entendermos como as pessoas próximas se sentem e se comportam, isso ajuda a fortalecer a nossa Inteligência Emocional.
A essa altura do seu desenvolvimento emocional, você certamente se deparará com pessoas difíceis, que podem desestabilizar o ambiente, preferindo desafiar gratuitamente o estado das coisas, sem nenhum objetivo positivo. Saiba que esse é o momento mais determinante para que você aplique o aprendizado, colocando em teste sua Inteligência Emocional.
A importância da IE
Desenvolver a Inteligência Emocional fará com que hábitos já enraizados que o prejudicam sejam revistos e eliminados, de modo que você consiga criar novos costumes, já sob uma nova perspectiva de vida.
Uma pessoa com baixa inteligência emocional, geralmente enfrenta problemas que inevitavelmente afetam suas relações e dificultam seu crescimento e o desenvolvimento de uma vida saudável em todos os sentidos.
As características de alguém que não tem controle sobre suas emoções, passam pelo não reconhecimento de suas fraquezas, a desconfiança de sentimentos próprios, a incapacidade de entender o outro, a inconstância e a falta de desenvolvimento de metas.
Concluindo, não podemos dominar os sentimentos que vêm até nós, mas podemos transformá-los.
Precisamos aprender a administrar nossos sentimentos de maneira que não percamos o equilíbrio.
Um sentimento negativo só pode trazer consequências ruins, por isso é preciso treinar as emoções para suportar os piores sentimentos sem ser dominado por eles.
Não sabote sua jornada em busca de seus objetivos, gerir suas emoções, é algo essencial para se fazer todos os dias!
Busque inteligência emocional, porque através de você, pessoas melhoram, coisas melhoram, problemas se solucionam e ambientes ficam mais leves.